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  • Procurador quer manter investigação contra Perillo na Justiça Federal

O Ministério Público Federal afirmou à 11.ª Vara Federal de Goiás nesta quinta-feira, 4, que é de competência da Justiça Federal, e não da Justiça Eleitoral, o inquérito da Operação Cash Delivery – a investigação mira o ex-governador do Estado Marconi Perillo (PSDB) e seus aliados. A manifestação da Procuradoria da República é uma resposta a um requerimento de Jayme Rincón, ex-tesoureiro de Perillo, que deseja levar a investigação para a Justiça Eleitoral.

O pedido de Jayme Rincon se baseou em julgamento do Supremo Tribunal Federal em março. Por 6 votos a 5, ministros da Corte máxima decidiram que a Justiça Eleitoral é competente para julgar casos de crimes comuns conexos com eleitorais.

Rincón também foi coordenador da campanha ao governo do Estado, no ano passado, de José Eliton (PSDB), aliado de Perillo. José Eliton é alvo da Operação Decantação, que mira fraudes na Companhia Saneamento de Goiás.

A Cash Delivery é um desdobramento das investigações da Lava Jato e decorre de acordos de leniência e colaboração premiada firmados pelo Ministério Público Federal com a Odebrecht e seus executivos. Na deflagração da operação, em 2018, a Polícia Federal apreendeu R$ 940 mil em dinheiro vivo na casa do policial militar Marcio Garcia de Moura, que trabalha como motorista particular de Rincón.

Na manifestação à 11ª Vara Federal de Goiás, o procurador da República Helio Telho Corrêa Filho defende que não há conexão entre os crimes comuns investigados pela Cash Delivery e os crimes eleitorais investigados no inquérito que tramita na 135ª Zona Eleitoral de Goiânia. Para o procurador, solicitar contribuição eleitoral clandestina ou recebê-la efetivamente e de fato empregá-la na campanha não é crime eleitoral.

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