O jornalista Ricardo Feltrin foi o primeiro a trazer a público a acusação da atriz Dani Calabresa e de outras sete mulheres contra Marcius Melhem, ator e ex-diretor de Humor da TV Globo, por assédio sexual.
Em 2020, o jornalista escreveu reportagens que mostravam Melhem como alguém que encurralava mulheres pelos corredores em troca de papéis, o que causou grande repercussão e a destruição da imagem do humorista diante da opinião pública.
“Seria possível duvidar de uma acusação dessas mulheres quando o que nós mais vemos todos os dias no Brasil é justamente isso, o assédio sexual?”, questiona Feltrin, ressaltando que não duvidou “em nenhum momento”.
Feltrin acabou se envolvendo na investigação do caso, e descobrindo uma série de surpresas apontadas por ele como “desagradáveis” e “assustadoras”.
Coisas “incomuns”
Em reportagem publicada em sua coluna Ooops, Feltrin afirma ter sido questionado por fontes da Globo por conta de suas reportagens, uma vez que “coisas incomuns” estavam acontecendo dentro da emissora.
Entre essas “coisas incomuns”, está a defesa de Melhem feita por várias atrizes junto ao compliance da emissora, além da intenção da advogada das supostas “vítimas” de não judicializar o caso mesmo após o ator ter judicializado a investigação.
Outro ponto de estranheza: segundo Feltrin, pelo menos três das acusadoras (sendo uma ex-namorada de Melhem) e outras duas testemunhas estavam pressionando mulheres dentro da emissora para confirmar a versão de assédio sexual – o que levou funcionárias a denunciarem o caso tanto na emissora como na polícia.
“Alguma vez aconteceu que vítimas de assédio tivessem de intimidar outras mulheres a corroborar uma denúncia como essa? Não”, afirma Feltrin, ressaltando que em todos os casos conhecidos as vítimas “brotam” de todos os lugares. Isso não se repetiu no caso Melhem.
Complô
Feltrin, que em 1994 cobriu o caso envolvendo a Escola Base, descobriu em sua investigação que tanto as vítimas como as testemunhas de acusação eram muito amigas. E, segundo o jornalista, não existem dúvidas de que elas mentiram para as delegadas responsáveis pelo caso.
Ao consultar do processo, o jornalista consultou todas as mensagens trocadas, fotos, e declarações públicas e privadas entre o acusado e suas acusadoras. E sua reação inicial foi vomitar.
“Como é que pude ter escrito aqueles dois textos? Como pude ter sido tão leviano para ter destruído um cara que eu nunca conheci na vida?”, diz Feltrin. “Como pude cometer um erro desses como jornalista e ser humano? Como pude linchar publicamente um pai e um profissional como eu fiz naqueles dois textos?”
Ao lembrar os sucessivos casos de violência contra a mulher no Brasil, o articulista afirma que essas mulheres usaram a luta contra isso “para uma vingança sórdida de alguém que não tinha mais serventia a elas”.
Além de afirmar seu “nojo”, Feltrin afirma que sua reação também foi de ódio “por ter sido enganado, ludibriado, manipulado por pessoas que foram carinhosas e agradecidas com um colega por anos, mas, passaram a tramaram sua destruição e linchamento em praça pública por razões pessoais e mesquinhas”.
“Boa parte da culpa é de jornalistas levianos que jamais investigaram o caso, mas que se sentem ungidos suficientemente para serem donos da verdade e linchar alguém em praça pública”, diz Feltrin.
Inocente, mas não santo
Embora afirme que “Marcius Melhem não é santo”, Ricardo Feltrin afirma de forma categórica que ele é inocente da acusação de assédio sexual movida por Calabresa e outras atrizes.
“Marcius Melhem jamais assediou sexualmente nenhuma das oito mulheres que o acusam”, diz. “Ao contrário: ele foi vítima da trama mais maldosa, sórdida, nojenta e vergonhosa que eu já cobri em 31 anos como jornalista”.
Atualmente, o caso está nas mãos da promotoria do Rio de Janeiro. E é a segunda promotora que irá encaminhar o parecer sobre o apurado a uma juíza do TJRJ – e essa juíza irá decidir pelo arquivamento ou judicialização do caso.
O jornalista Ricardo Feltrin foi o primeiro a trazer a público a acusação da atriz Dani Calabresa e de outras sete mulheres contra Marcius Melhem, ator e ex-diretor de Humor da TV Globo, por assédio sexual.
Em 2020, o jornalista escreveu reportagens que mostravam Melhem como alguém que encurralava mulheres pelos corredores em troca de papéis, o que causou grande repercussão e a destruição da imagem do humorista diante da opinião pública.
“Seria possível duvidar de uma acusação dessas mulheres quando o que nós mais vemos todos os dias no Brasil é justamente isso, o assédio sexual?”, questiona Feltrin, ressaltando que não duvidou “em nenhum momento”.
Feltrin acabou se envolvendo na investigação do caso, e descobrindo uma série de surpresas apontadas por ele como “desagradáveis” e “assustadoras”.
Coisas “incomuns”
Em reportagem publicada em sua coluna Ooops, Feltrin afirma ter sido questionado por fontes da Globo por conta de suas reportagens, uma vez que “coisas incomuns” estavam acontecendo dentro da emissora.
Entre essas “coisas incomuns”, está a defesa de Melhem feita por várias atrizes junto ao compliance da emissora, além da intenção da advogada das supostas “vítimas” de não judicializar o caso mesmo após o ator ter judicializado a investigação.
Outro ponto de estranheza: segundo Feltrin, pelo menos três das acusadoras (sendo uma ex-namorada de Melhem) e outras duas testemunhas estavam pressionando mulheres dentro da emissora para confirmar a versão de assédio sexual – o que levou funcionárias a denunciarem o caso tanto na emissora como na polícia.
“Alguma vez aconteceu que vítimas de assédio tivessem de intimidar outras mulheres a corroborar uma denúncia como essa? Não”, afirma Feltrin, ressaltando que em todos os casos conhecidos as vítimas “brotam” de todos os lugares. Isso não se repetiu no caso Melhem.
Complô
Feltrin, que em 1994 cobriu o caso envolvendo a Escola Base, descobriu em sua investigação que tanto as vítimas como as testemunhas de acusação eram muito amigas. E, segundo o jornalista, não existem dúvidas de que elas mentiram para as delegadas responsáveis pelo caso.
Ao consultar do processo, o jornalista consultou todas as mensagens trocadas, fotos, e declarações públicas e privadas entre o acusado e suas acusadoras. E sua reação inicial foi vomitar.
“Como é que pude ter escrito aqueles dois textos? Como pude ter sido tão leviano para ter destruído um cara que eu nunca conheci na vida?”, diz Feltrin. “Como pude cometer um erro desses como jornalista e ser humano? Como pude linchar publicamente um pai e um profissional como eu fiz naqueles dois textos?”
Ao lembrar os sucessivos casos de violência contra a mulher no Brasil, o articulista afirma que essas mulheres usaram a luta contra isso “para uma vingança sórdida de alguém que não tinha mais serventia a elas”.
Além de afirmar seu “nojo”, Feltrin afirma que sua reação também foi de ódio “por ter sido enganado, ludibriado, manipulado por pessoas que foram carinhosas e agradecidas com um colega por anos, mas, passaram a tramaram sua destruição e linchamento em praça pública por razões pessoais e mesquinhas”.
“Boa parte da culpa é de jornalistas levianos que jamais investigaram o caso, mas que se sentem ungidos suficientemente para serem donos da verdade e linchar alguém em praça pública”, diz Feltrin.
Inocente, mas não santo
Embora afirme que “Marcius Melhem não é santo”, Ricardo Feltrin afirma de forma categórica que ele é inocente da acusação de assédio sexual movida por Calabresa e outras atrizes.
“Marcius Melhem jamais assediou sexualmente nenhuma das oito mulheres que o acusam”, diz. “Ao contrário: ele foi vítima da trama mais maldosa, sórdida, nojenta e vergonhosa que eu já cobri em 31 anos como jornalista”.
Atualmente, o caso está nas mãos da promotoria do Rio de Janeiro. E é a segunda promotora que irá encaminhar o parecer sobre o apurado a uma juíza do TJRJ – e essa juíza irá decidir pelo arquivamento ou judicialização do caso.
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