A Operação Ressonância prendeu 20 pessoas e bloqueou R$ 1,2 bilhão dos envolvidos. Ação inicial sobre fraudes na Saúde do RJ, em abril do ano passado, foi só a ‘ponta do iceberg’, afirma procuradora.
A Oscar Iskin é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio de Janeiro e fornecia material para o Instituto de Traumatologia e Ortopedia.
Miguel Iskin, alvo da Operação Fatura Exposta
Os agentes da PF saíram cedo para as ruas do Rio e de São Paulo para cumprir 22 mandados de prisão além de busca e apreensão em mais de 40 endereços. As autoridades descobriram que os desvios continuaram mesmo depois da prisão de parte da quadrilha no ano passado.
Segundo as investigações, o ex- governador Sérgio Cabral e o então secretário, Sérgio Cortes, comandaram o desvio de R$ 300 milhões em contratos fraudados com a participação de empresários que forneciam próteses para o Into. O desvio total do esquema investigado pela operação pode passar de R$ 600 milhões.
Miguel Skin, Gustavo Estelita e Sérgio Côrtes foram presos na época e depois soltos com o cumprimento de medidas restritivas por decisão do ministro Gilmar Mendes.
Comissão de 40%, diz MPF
A Philips diz estar colaborando com as autoridades. Daurio Speranzini, que exerceu o cargo de CEO da multinacional e estava em posição semelhante na GE, e Frederik Knudsen, supervisor de vendas da Philips, são suspeitos de integrar esquema de corrupção na Saúde do RJ chamado de “clube do pregão internacional”.
Preso na Operação Ressonância cobre o rosto ao chegar ao IML Central de São Paulo
De acordo com a investigação, os executivos das empresas que faziam parte do “clube” pagavam até 40% do valor dos produtos ao empresário Miguel Iskin em forma de comissão.
Nesta quarta, a 7ª Vara Federal Criminal também decretou o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão.
“A partir da análise de procedimentos licitatórios, foram feitas auditorias detalhadas, e encontramos robustas provas dos crimes”, continua Marisa.
O Ministério Público Federal diz que o cartel “congregava fabricantes multinacionais de equipamentos médicos que ajustavam as vitórias nos procedimentos licitatórios em troca de pagamento de comissões exorbitantes a Miguel Iskin no exterior, por intermédio de offshores”.
São investigadas 37 empresas e os crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, havia interesse de multinacionais em manter a direção do Into, em volta do qual criou-se o cartel para direcionar os vencedores e os valores a serem pagos nos contratos de fornecimento do Instituto.
A Operação Ressonância prendeu 20 pessoas e bloqueou R$ 1,2 bilhão dos envolvidos. Ação inicial sobre fraudes na Saúde do RJ, em abril do ano passado, foi só a ‘ponta do iceberg’, afirma procuradora.
A força-tarefa da Lava Jato fez nesta quarta-feira (4) uma operação contra um esquema de corrupção envolvendo multinacionais na secretaria de Saúde e no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro.
Vinte pessoas foram presas e duas são consideradas foragidas pelo MPF. Entre os presos estão os ex-diretores da Philips no Brasil e pela segunda vez, o dono da empresa Oscar Iskin, o empresário Miguel Iskin e o sócio dele o empresário Gustavo Estelita, ex-gerente comercial da Oscar Iskin e sócio de Miguel em outras empresas.
A Oscar Iskin é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio de Janeiro e fornecia material para o Instituto de Traumatologia e Ortopedia.
Miguel Iskin, alvo da Operação Fatura Exposta
Os agentes da PF saíram cedo para as ruas do Rio e de São Paulo para cumprir 22 mandados de prisão além de busca e apreensão em mais de 40 endereços. As autoridades descobriram que os desvios continuaram mesmo depois da prisão de parte da quadrilha no ano passado.
A Operação Ressonância é um desdobramento da Operação Fatura Exposta que no ano passado revelou um esquema que funcionava dentro da secretaria de Saúde do RJ.
Segundo as investigações, o ex- governador Sérgio Cabral e o então secretário, Sérgio Cortes, comandaram o desvio de R$ 300 milhões em contratos fraudados com a participação de empresários que forneciam próteses para o Into. O desvio total do esquema investigado pela operação pode passar de R$ 600 milhões.
Miguel Skin, Gustavo Estelita e Sérgio Côrtes foram presos na época e depois soltos com o cumprimento de medidas restritivas por decisão do ministro Gilmar Mendes.
Comissão de 40%, diz MPF
A Philips diz estar colaborando com as autoridades. Daurio Speranzini, que exerceu o cargo de CEO da multinacional e estava em posição semelhante na GE, e Frederik Knudsen, supervisor de vendas da Philips, são suspeitos de integrar esquema de corrupção na Saúde do RJ chamado de “clube do pregão internacional”.
Preso na Operação Ressonância cobre o rosto ao chegar ao IML Central de São Paulo
De acordo com a investigação, os executivos das empresas que faziam parte do “clube” pagavam até 40% do valor dos produtos ao empresário Miguel Iskin em forma de comissão.
Nesta quarta, a 7ª Vara Federal Criminal também decretou o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão.
“A partir da análise de procedimentos licitatórios, foram feitas auditorias detalhadas, e encontramos robustas provas dos crimes”, continua Marisa.
O Ministério Público Federal diz que o cartel “congregava fabricantes multinacionais de equipamentos médicos que ajustavam as vitórias nos procedimentos licitatórios em troca de pagamento de comissões exorbitantes a Miguel Iskin no exterior, por intermédio de offshores”.
São investigadas 37 empresas e os crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, havia interesse de multinacionais em manter a direção do Into, em volta do qual criou-se o cartel para direcionar os vencedores e os valores a serem pagos nos contratos de fornecimento do Instituto.
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