Os 34 homicídios, ocorridos no “Final de Semana Sangrento”, sexta-feira 17, sábado 18 e domingo 19 de julho de 2015, começarão a ser julgados nesta terça-feira, 08 de julho de 2019, na 3.ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) participou da Operação Alcateia, que investigou os crimes, e fará a acusação dos três primeiros réus: Bruno Cezanne Pereira, Dorval Junio Carneiro de Matos e Klebert Cruz de Oliveira. O grupo matou Fabrício de Oliveira Cavalcante e Anderson Sales Soares e tentou matar Carla Didia de Sousa Santos. Eles serão julgados por homicídio duplamente qualificado e por associação criminosa. “Trata-se de uma investigação muito bem conduzida pela polícia, que produziu provas técnicas, aplicou quebra de sigilo, análise de WhatsApp, celular, interceptações, prisões, dentre diversas técnicas policiais utilizadas, assim trazendo um vasto conjunto probatório, que permite chegar nesse ponto e sustentar a tese de procedências da pronúncia”, avaliou o Promotor de Justiça Igor Starling, titular da 15ª PJ, com atuação junto ao 3º Tribunal do Júri. As vítimas do primeiro julgamento Anderson Sales Soares foi morto por volta da meia-noite e meia de 18 de julho de 2015, no bairro do Aleixo, em uma lanchonete. Ele foi executado a tiros por dois homens que desembarcaram de um veículo Gol, de cor vermelha. No dia 14 de setembro, uma semana depois de sair da prisão, por roubo, Fabrício de Oliveira Cavalcante foi morto, no bairro Santo Agostinho. A única vítima que sobreviveu, Carla Dídia de Sousa Santos, também vítima de ocupantes de um Gol vermelho, descreveu, em depoimento à polícia, as características de um dos atiradores, o que levou até o acusado Dorval Junio Carneiros de Matos. A operação Depois das mortes de julho de 2015, muitas com suspeita de terem sido executadas em ações de extermínio, os trabalhos da Operação Alcateia tiveram início. A força tarefa contou com a participação de 130 policiais de diversas unidades da Polícia Civil, 17 oficiais da PM e 21 policiais federais, envolvendo a Secretaria estadual de Segurança Pública, o Ministério Público do Amazonas, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e as Polícias Federal e Militar. O alvo da força tarefa foi a prática de crimes de homicídio por um suposto grupo de policiais militares que atuava em atividade típica de extermínio na Capital e que nos três dias do final de semana sangrento impuseram terror à capital amazonense em represália à morte do sargento da Polícia Militar Afonso Camacho Dias, ocorrida em 17 de julho de 2015, no bairro Educandos, zona Sul da cidade. A investigação apontou suspeita para 12 policiais militares e três cidadãos civis associados ao grupo, que ajudavam nos crimes. Foram cumpridos, ao todo, 15 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos seis carros possivelmente usados para cometer os crimes, uma moto, seis pistolas calibre ponto 40, duas pistolas calibre ponto 380, cinco revólveres calibre 38, uma escopeta, uma arma de choque e um quilo de cocaína.
Os 34 homicídios, ocorridos no “Final de Semana Sangrento”, sexta-feira 17, sábado 18 e domingo 19 de julho de 2015, começarão a ser julgados nesta terça-feira, 08 de julho de 2019, na 3.ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) participou da Operação Alcateia, que investigou os crimes, e fará a acusação dos três primeiros réus: Bruno Cezanne Pereira, Dorval Junio Carneiro de Matos e Klebert Cruz de Oliveira. O grupo matou Fabrício de Oliveira Cavalcante e Anderson Sales Soares e tentou matar Carla Didia de Sousa Santos. Eles serão julgados por homicídio duplamente qualificado e por associação criminosa.
“Trata-se de uma investigação muito bem conduzida pela polícia, que produziu provas técnicas, aplicou quebra de sigilo, análise de WhatsApp, celular, interceptações, prisões, dentre diversas técnicas policiais utilizadas, assim trazendo um vasto conjunto probatório, que permite chegar nesse ponto e sustentar a tese de procedências da pronúncia”, avaliou o Promotor de Justiça Igor Starling, titular da 15ª PJ, com atuação junto ao 3º Tribunal do Júri.
As vítimas do primeiro julgamento
Anderson Sales Soares foi morto por volta da meia-noite e meia de 18 de julho de 2015, no bairro do Aleixo, em uma lanchonete. Ele foi executado a tiros por dois homens que desembarcaram de um veículo Gol, de cor vermelha. No dia 14 de setembro, uma semana depois de sair da prisão, por roubo, Fabrício de Oliveira Cavalcante foi morto, no bairro Santo Agostinho. A única vítima que sobreviveu, Carla Dídia de Sousa Santos, também vítima de ocupantes de um Gol vermelho, descreveu, em depoimento à polícia, as características de um dos atiradores, o que levou até o acusado Dorval Junio Carneiros de Matos.
A operação
Depois das mortes de julho de 2015, muitas com suspeita de terem sido executadas em ações de extermínio, os trabalhos da Operação Alcateia tiveram início. A força tarefa contou com a participação de 130 policiais de diversas unidades da Polícia Civil, 17 oficiais da PM e 21 policiais federais, envolvendo a Secretaria estadual de Segurança Pública, o Ministério Público do Amazonas, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e as Polícias Federal e Militar. O alvo da força tarefa foi a prática de crimes de homicídio por um suposto grupo de policiais militares que atuava em atividade típica de extermínio na Capital e que nos três dias do final de semana sangrento impuseram terror à capital amazonense em represália à morte do sargento da Polícia Militar Afonso Camacho Dias, ocorrida em 17 de julho de 2015, no bairro Educandos, zona Sul da cidade.
A investigação apontou suspeita para 12 policiais militares e três cidadãos civis associados ao grupo, que ajudavam nos crimes. Foram cumpridos, ao todo, 15 mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão.
Foram apreendidos seis carros possivelmente usados para cometer os crimes, uma moto, seis pistolas calibre ponto 40, duas pistolas calibre ponto 380, cinco revólveres calibre 38, uma escopeta, uma arma de choque e um quilo de cocaína.
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