É o maior número de policiais presos de uma vez, na História da PM. Grupos vendiam armas e drogas apreendidas de facções rivais.
Graças a uma investigação de oito meses sobre angolanos refugiados que estariam treinando traficantes no uso de armas e táticas de guerrilha na Favela do Muquiço, em Guadalupe, no subúrbio do Rio, a Polícia Federal descobriu o envolvimento de 77 policiais militares com tráfico de armas e drogas, seqüestro e extorsão. A descoberta resultou na Operação Tingüi, na qual a própria Polícia Militar prendeu na manhã desta sexta-feira (15), 75 dos acusados. Um dos envolvidos está morto e o outro, até o final da tarde estava sendo procurado. Este é o maior número de policiais presos numa única operação na História da corporação. A investigação da PF sobre os angolanos ainda está em andamento.
O comandante geral da PM, coronel Hudson de Aguiar, diz que confiança entre as polícias Federal e Militar foi fundamental.
A Operação Tingüi – nome do córrego que corta a favela – reuniu 380 policiais federais do Rio, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo e do Comando de Operacional Tático (COT) em apoio a 330 policiais militares. Os PMs foram presos nos batalhões onde estavam lotados. Todo o material encontrado nos armários e nos carros dos policiais foi apreendido e levado para a sede da Polícia Federal. À tarde, a PF realizou operações de busca e apreensão na casa dos acusados. O comandante do 14º. BPM (Bangu), coronel Celso Nogueira, que há três meses estava no batalhão, foi afastado do cargo. Os policiais presos prestaram depoimento na PF e depois seriam levados para a carceragem no Ponto Zero.
Ao todo foram presos 39 soldados e um tenente do 14º. BPM (Bangu), 26 soldados do 9º. BPM (Rocha Miranda), oito do Grupamento Tático Móvel (Getam), um do 3o. BPM (Méier) e um do 4º. BPM (São Cristóvão). Segundo o superintendente da PF, Delci Teixeira, os PMs formavam grupos distintos e praticavam extorsão, seqüestro e repasse de armas e drogas apreendidas em operações policiais em outras favelas.
“Fizemos uma operação na Favela do Muquiço para tentar prender o chefe do tráfico (conhecido como Jacó) e apreender o caderno de contabilidade do bando que comprova o envolvimento dos policiais com o crime. Mas não tivemos sucesso. Por isso, a busca continua. Os PMs abasteciam de armas e drogas uma facção rival da facção que recebia instruções de guerrilha dos angolanos. O que os policiais apreendiam com uma facção, vendiam depois para outra. Não era um grupo organizado. Eram vários grupos de maus policiais”, disse Teixeira, acrescentando que há gravações em que os policiais falam em clonagem de carros da Polícia e tentam negociar um uniforme completo do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
É o maior número de policiais presos de uma vez, na História da PM.
Grupos vendiam armas e drogas apreendidas de facções rivais.
Graças a uma investigação de oito meses sobre angolanos refugiados que estariam treinando traficantes no uso de armas e táticas de guerrilha na Favela do Muquiço, em Guadalupe, no subúrbio do Rio, a Polícia Federal descobriu o envolvimento de 77 policiais militares com tráfico de armas e drogas, seqüestro e extorsão. A descoberta resultou na Operação Tingüi, na qual a própria Polícia Militar prendeu na manhã desta sexta-feira (15), 75 dos acusados. Um dos envolvidos está morto e o outro, até o final da tarde estava sendo procurado. Este é o maior número de policiais presos numa única operação na História da corporação. A investigação da PF sobre os angolanos ainda está em andamento.
O comandante geral da PM, coronel Hudson de Aguiar, diz que confiança entre as polícias Federal e Militar foi fundamental.
A Operação Tingüi – nome do córrego que corta a favela – reuniu 380 policiais federais do Rio, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo e do Comando de Operacional Tático (COT) em apoio a 330 policiais militares. Os PMs foram presos nos batalhões onde estavam lotados. Todo o material encontrado nos armários e nos carros dos policiais foi apreendido e levado para a sede da Polícia Federal. À tarde, a PF realizou operações de busca e apreensão na casa dos acusados.
O comandante do 14º. BPM (Bangu), coronel Celso Nogueira, que há três meses estava no batalhão, foi afastado do cargo. Os policiais presos prestaram depoimento na PF e depois seriam levados para a carceragem no Ponto Zero.
Ao todo foram presos 39 soldados e um tenente do 14º. BPM (Bangu), 26 soldados do 9º. BPM (Rocha Miranda), oito do Grupamento Tático Móvel (Getam), um do 3o. BPM (Méier) e um do 4º. BPM (São Cristóvão). Segundo o superintendente da PF, Delci Teixeira, os PMs formavam grupos distintos e praticavam extorsão, seqüestro e repasse de armas e drogas apreendidas em operações policiais em outras favelas.
“Fizemos uma operação na Favela do Muquiço para tentar prender o chefe do tráfico (conhecido como Jacó) e apreender o caderno de contabilidade do bando que comprova o envolvimento dos policiais com o crime. Mas não tivemos sucesso. Por isso, a busca continua. Os PMs abasteciam de armas e drogas uma facção rival da facção que recebia instruções de guerrilha dos angolanos. O que os policiais apreendiam com uma facção, vendiam depois para outra. Não era um grupo organizado. Eram vários grupos de maus policiais”, disse Teixeira, acrescentando que há gravações em que os policiais falam em clonagem de carros da Polícia e tentam negociar um uniforme completo do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
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