O Ministério Público Federal (MPF) em Belo Horizonte ofereceu hoje denúncia contra 11 pessoas por envolvimento no tráfico internacional de mulheres para exploração sexual. Entre os denunciados está o suíço Heinz Hunziker, apontado como o chefe da organização criminosa que aliciava mulheres brasileiras com a finalidade de levá-las para casas de prostituição no exterior. A quadrilha começou a ser desbaratada no final de março deste ano, quando foram deflagradas operações policiais simultâneas no Brasil e na Suíça.
Na época, a Polícia Federal (PF) prendeu temporariamente oito pessoas em Minas Gerais suspeitas de integrar a quadrilha. A “Operação Tarô” foi realizada em conjunto e de maneira simultânea com a Polícia Judiciária da Suíça, país onde outras quatro pessoas foram presas, entre elas Hunziker.
Conforme o MPF, desde o início de 2005, as autoridades da Suíça investigavam as atividades do suíço. Em dezembro daquele ano, as autoridades brasileiras foram informadas da apuração por meio de uma notícia-crime. Além de Hunziker, foram denunciados outros dois estrangeiros: o suíço Mário Gagliardo e Fernanda Maria Gasser-Pereira, natural de Cabo Verde. No total, oito brasileiros foram acusados formalmente: Jacqueline de Souza Costa, Margarete Rodrigues dos Santos, Daniela Gregório, Cláudia Teles, Wellington Ramos de Souza, Marco Aurélio Gregório, Margarete da Conceição Couto Pereira e Cristina Fernanda Gonçalves.
Eles são acusados de praticar crimes como tráfico internacional de pessoas, favorecimento à prostituição, rufianismo, formação de quadrilha e manutenção de pessoas sob condição análoga à de escravo. Conforme o MPF, as investigações concluíram que jovens, geralmente humildes, eram aliciadas no Brasil – principalmente em Minas – sob falsas promessas de oportunidades de trabalho bem remunerado no exterior. De acordo com o MPF, algumas mulheres sabiam de antemão que viajavam para exercer a prostituição.
“Em todos os casos, porém, as vítimas desconheciam as reais condições de vida impostas pela quadrilha: chegando naquele país, os passaportes eram retidos e, sob ameaças, as mulheres eram obrigadas a se prostituir para pagar as despesas feitas com a viagem, em valores que chegavam a 12 mil francos suíços (cerca de R$ 20 mil)”, diz a nota distribuída pela Procuradoria.
Segundo a denúncia, as mulheres eram mantidas trancafiadas nos prostíbulos equipados com sistema de segurança e monitoramento. E ficavam devendo as despesas com alimentação, vestuários, eventuais gastos médicos. De acordo com o MPF, os estrangeiros denunciados deverão responder ao eventual processo no país de origem por meio de carta rogatória. Permaneciam presos na Suíça, Hunziker e duas brasileiras – Margarete Rodrigues e Jacqueline Costa -, conforme a Procuradoria.
O Ministério Público Federal (MPF) em Belo Horizonte ofereceu hoje denúncia contra 11 pessoas por envolvimento no tráfico internacional de mulheres para exploração sexual. Entre os denunciados está o suíço Heinz Hunziker, apontado como o chefe da organização criminosa que aliciava mulheres brasileiras com a finalidade de levá-las para casas de prostituição no exterior. A quadrilha começou a ser desbaratada no final de março deste ano, quando foram deflagradas operações policiais simultâneas no Brasil e na Suíça.
Na época, a Polícia Federal (PF) prendeu temporariamente oito pessoas em Minas Gerais suspeitas de integrar a quadrilha. A “Operação Tarô” foi realizada em conjunto e de maneira simultânea com a Polícia Judiciária da Suíça, país onde outras quatro pessoas foram presas, entre elas Hunziker.
Conforme o MPF, desde o início de 2005, as autoridades da Suíça investigavam as atividades do suíço. Em dezembro daquele ano, as autoridades brasileiras foram informadas da apuração por meio de uma notícia-crime. Além de Hunziker, foram denunciados outros dois estrangeiros: o suíço Mário Gagliardo e Fernanda Maria Gasser-Pereira, natural de Cabo Verde. No total, oito brasileiros foram acusados formalmente: Jacqueline de Souza Costa, Margarete Rodrigues dos Santos, Daniela Gregório, Cláudia Teles, Wellington Ramos de Souza, Marco Aurélio Gregório, Margarete da Conceição Couto Pereira e Cristina Fernanda Gonçalves.
Eles são acusados de praticar crimes como tráfico internacional de pessoas, favorecimento à prostituição, rufianismo, formação de quadrilha e manutenção de pessoas sob condição análoga à de escravo. Conforme o MPF, as investigações concluíram que jovens, geralmente humildes, eram aliciadas no Brasil – principalmente em Minas – sob falsas promessas de oportunidades de trabalho bem remunerado no exterior. De acordo com o MPF, algumas mulheres sabiam de antemão que viajavam para exercer a prostituição.
“Em todos os casos, porém, as vítimas desconheciam as reais condições de vida impostas pela quadrilha: chegando naquele país, os passaportes eram retidos e, sob ameaças, as mulheres eram obrigadas a se prostituir para pagar as despesas feitas com a viagem, em valores que chegavam a 12 mil francos suíços (cerca de R$ 20 mil)”, diz a nota distribuída pela Procuradoria.
Segundo a denúncia, as mulheres eram mantidas trancafiadas nos prostíbulos equipados com sistema de segurança e monitoramento. E ficavam devendo as despesas com alimentação, vestuários, eventuais gastos médicos. De acordo com o MPF, os estrangeiros denunciados deverão responder ao eventual processo no país de origem por meio de carta rogatória. Permaneciam presos na Suíça, Hunziker e duas brasileiras – Margarete Rodrigues e Jacqueline Costa -, conforme a Procuradoria.
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